Mesmo com uma coleção de protagonistas no currículo, Bianca Rinaldi ainda não havia interpretado uma mocinha tão dúbia, arrogante e autoritária quanto Arminda. Em muitas cenas, a elegante loura de cabelos escorridos num charmoso corte Chanel até poderia passar como vilã na história de Marcílio Moraes. Mas, aos poucos, a personagem passou a se humanizar e a mostrar sua faceta mais frágil depois que se apaixonou pelo pobretão Joca, de Caio Junqueira. Essa multiplicidade de características da personagem faz com que a atriz paulistana venha degustando seu primeiro trabalho com tantas possibilidades cênicas. Desde que estreou como atriz há 20 anos, no longa Lua de Cristal com Xuxa, na época em que podia ser vista com seus longos cachos louros como Paquita do Xou da Xuxa, Bianca quase sempre interpretava mocinhas românticas e ingênuas. "Nunca tive oportunidade de mostrar um lado petulante. Normalmente as mocinhas são pobres. Essa é riquíssima", ressalta, aos risos.
Para se familiarizar com o universo austero da personagem que só consegue olhar os demais personagens da trama do alto de seus saltos finos, a atriz de 36 anos chegou a entrevistar diversas executivas e mulheres que chefiam grandes empresas para assimilar o comportamento e trejeitos dessas profissionais. "Sou muito instintiva. Só o fato de deixar o cabelo lisíssimo já me deu uma frieza, uma objetividade para a Arminda", avalia.
No entanto, essa dureza da personagem tem sido quebrada com uma sucessão de cenas cômicas. Bianca garante que há tempos não se diverte tanto como nas tomadas de embates com Léia, personagem de Angelina Muniz, com quem Arminda sempre discute e provoca com piadinhas infames pela personagem ser a mãe protetora de Joca. "Fazemos a cena de forma bem caricata nos ensaios, com muitas caras e bocas. São as horas mais divertidas das gravações", assume Bianca, que comemora por só ter interpretado protagonistas na Record desde que assinou seu contrato, em 2004.
Em seu primeiro trabalho na emissora, Bianca inaugurou a nova fase da dramaturgia ao ser chamada pessoalmente pelo falecido diretor Herval Rossano para interpretar o papel-título de A Escrava Isaura. "O Brasil estava com os olhos voltados para esse recomeço da Record. Foi uma baita responsabilidade fazer um papel já reconhecido internacionalmente", valoriza.A atriz soube que estava grávida no meio das gravações de Os Mutantes, de Tiago Santiago, uma das tramas mais bem-sucedidas na Record com Caminhos do Coração. Na pele da guerreira Samira e da trapezista Maria, a atriz continuou a gravar a novela, mesmo grávida. Nessa situação, a saída do autor foi também engravidar as personagens. "Eu precisava ser mãe naquele momento. Minha sirene já estava estourando. Agora meu foco é fazer mais teatro e tentar voltar ao cinema nesta nova leva de longas nacionais", planeja.
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